domingo, 4 de julho de 2010

Fisioterapeuta tira Brasil da Copa

Vamos entender o Caso Robben e descobrir que o um dos responsáveis pela eliminação do Brasil foi um Fisioterapeuta!

No dia 05/06 em amistoso realizado contra a Seleção da Hungria o Meia Arjen Robben sofreu uma lesão no grupo muscular Isquiostibias da coxa Esquerda, localizado e conhecido como Posterior da Coxa. No fim da partida, o craque Holandês relatou ter sentido um estalido ao dar um passe de calcanhar evoluindo com fortes dores na coxa.

    

                        

Após o lance o jogador foi substituído e submetido ao tratamento imediato para alívio dos sintomas e no dia seguinte avaliado pelo Departamento Médico da equipe Holandesa. Os médicos após análise dos exames constataram e fecharam o diagnóstico como Lesão Muscular de Isquiostibiais. Após, constatada a lesão o treinador Holandês Bert Van Marwijk demonstrou toda a sua confiança no jogador e afirmou que não iria cortá-lo as vésperas da Copa.

O jogador ficou em Amsterdã realizando tratamento intensivo junto ao Fisioterapeuta Van Toorn e em apenas uma semana já teve grandes resultados e uma melhora satisfatória do quadro clínico possibilitando a sua viagem para África do Sul, onde, se juntou ao restante do elenco Holandês. Van Toorn teve apenas uma semana para tratar o jogador, em Amsterdã, o profissional utilizou de diversas técnicas da Fisioterapia e dentre elas a Acupuntura que auxiliou na reabilitação do atleta.

Robben teve a sua estréia na Copa na partida do dia 24/06 na vitória da Holanda sobre a seleção de Camarões. O craque que entrou no segundo tempo e disputou apenas 17 minutos de jogo, mostrou que estava recuperado da lesão ao participar do gol da vitória com um belo chute na trave. O jogador ainda iniciou como titular a partida contra a Eslováquia válida pelas oitavas de final da Copa, marcando um belo gol, provando que está recuperado e pronto para enfrentar o Brasil.

A lesão muscular pode ocorrer por 3 diferentes mecanismos: Contusão, estiramento (caso do Robben) ou por laceração. A lesão por laceração é a menos comum vista na pratica esportiva enquanto que as contusões e os estiramentos compreendem cerca de 90% das lesões musculares no esporte. O estiramento ocorre por uma força de tração excessiva gerada no músculo geralmente durante a sua fase de contração isotônica excêntrica (momento que o músculo contrai para frear e controlar o movimento), nessa fase há uma sobrecarga nas fibras musculares e a lesão geralmente ocorre próximo as junções miotendíneas.

TRATAMENTO: A Fisioterapeuta do Esporte tem um grande papel no tratamento das lesões musculares podendo reduzir o quadro álgico do atleta em dias, claro de acordo com o grau de lesão sofrida. Dentre os recursos que podem ser utilizados pelo Fisioterapeuta para Analgesia estão a eletro, termo e fototerapia, as mobilizações e liberações miofasciais presentes em várias técnicas da Terapia Manual, recursos presentes na Cinesioterapia como trabalhos de ativação e de alongamento muscular e a Acupuntura, sempre respeitando as fases de cicatrização da lesão.
Vale lembrar também que, além dos recursos analgésicos o Fisioterapeuta do Esporte deve se preocupar em manter o condicionamento físico do atleta, sempre que possível.


Ft Igor Phillip
Foto: Agência Reuters
Foto: AP
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sábado, 3 de julho de 2010

Core Training no Futsal

Hoje em dia, ouve-se muito falar em "Core Training", mas pouca gente sabe realmente do que se trata esse treinamento. O Core Training traz uma proposta bem diferente, principalmente, para aqueles que sempre temiam por lesões ao ingressarem em uma atividade física qualquer. Ao contrário das atividades normalmente encontradas, o trabalho do Core focaliza em estabilizar músculos que normalmente não conseguimos "trabalhar" e preparam nossa postura tanto para atividades diárias quanto para nossa prática esportiva preferida.


A estabilização, o maior objetivo alcançado com esse trabalho, é a habilidade de mover qualquer parte do corpo enquanto se move outra, ou seja, é uma medida de estabilidade. Por exemplo, se você realiza um agachamento, precisa ter a capacidade de manter o corpo ereto e equilibrado. A falta de estabilidade acarretará um maior estresse às articulações e obviamente a eficácia do exercício estará prejudicada, o que pode causar um grande impacto na performance das atividades.

O Core Training, principalmente no segmento Core Balance, também é considerado um trabalho efetivo de propriocepção, ou seja, por desafiar o praticante em situações de instabilidade nos movimentos colocando as articulações em situações de risco ativará impulsos proprioceptivos que são integrados em vários centros sensoriomotores para regular automaticamente os ajustes na contração dos músculos posturais, mantendo assim o equilíbrio postural geral. Assim, por exemplo, sensações de pressão em alguma parte das solas dos pés indica que o corpo está posicionado mais anterior ou posterior, levando a informação para que os músculos reajam para favorecer o equilíbrio numa plataforma.


Com o treinamento dos exercícios no core (centro do corpo), o praticante terá condições de fortalecer a musculatura agonista e antagonista do tronco, ou seja, os constantes movimentos para frente e para trás, na tentativa de conseguir se equilibrar, fortalecerão músculos dorsais e abdominais estabilizando a postura.

Podemos utilizar simplesmente o solo estável, ou plataformas instáveis, como a bola suíca, balanços ou tábuas proprioceptivas, onde o praticante terá condições de executar movimentos diferentes e rítmicos, total ou parcialmente sobre a plataforma, tão bem como simples movimentos do dia-a-dia, trabalhados em diferentes planos e eixos.


Para tanto, temos cada vez mais estudos e pesquisas específicas sobre este tema que trazem informações que só vêm a enriquecer mais ainda os conhecimentos acerca da área, e corroboram com a necessidade crescente da implantação e conscientização da importância do treinamento do Core. Sejam nos estúdios de Pilates (o uso do "Power-house"), sejam nas academias ou centros esportivos, estes exercícios tendem ser cada mais utilizados, tanto para fortalecimento, quanto para treinos de estabilização e prevenção de lesões.